Era um dia comum, uma segunda-feira. Acordei atrasado, me arrumei com pressa e logo fui pro trabalho. Até aí nada de incomum.
Cheguei lá e tinha uma reunião logo cedo. Quando me levanto da cadeira já ouço o primeiro aviso do dia:
– Teu cadarço tá desamarrado!
– Opa, obrigado.
Fui pra reunião com ele assim mesmo enquanto pensava no quanto pessoas se sentiriam incomodadas com meu cadarço desamarrado. Era só eu não ter o azar de tropeçar e cair.
Chegando à sala de reunião logo fui avisado da falta de amarras. Concordei com a cabeça e continuei ali, como se nada tivesse acontecido.
Voltando pra minha mesa acho que fui avisado mais umas duas vezes, fora as inúmeras vezes durante o dia todo.
Depois desse pequeno experimeno social, no fim do dia, amarrei o cadarço e deixei de ser um transgressor de convenções.